domingo, fevereiro 24, 2008

Furto

Levaram minha bolsa na quinta-feira com tudo o que tinha dentro. Desde celular, mp4, pendrive até escova de dente, pinça, batons. Estou profundamente irritada. Principalmente por ficar impotente em uma situação destas.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Plagiado do Blowg

Coisa que já fiz mas não faria mais: andar em montanha russa.
Coisa que fazia e deixei de fazer sem mais nem menos: comer presunto
Coisa que gostaria de saber: inglês
Coisa que gostaria de apertar: as bochechas de bebês fofos
Coisa que gostaria de fazer agora: ir à praia
Coisa que me dá ênjoo: cheiro forte de perfume
Coisa que gostaria de ter: os boxs das três temporadas de Lost e uma banheira de hidro
Coisa que gostaria de assistir agora: Lost.
Coisa que me faz rir: um amigo imitando meu pai
Coisa que eu gostaria de não ter: barriga
Coisa que costumo fazer: catar roupas que marido deixa espalhadas pela casa
Coisa que vou fazer daqui a pouco: discutir pautas para a próxima revista
Coisa que gostaria de fazer daqui a pouco: dormir

Sorriso Cubano

por Carol Bessa, publicado neste blog pela primeira vez em abril de 2003

"Os cubanos estão sempre com um sorriso nos lábios. Mas choram por dentro". A declaração do estudante da Universidad de La Habana deveria ser apenas uma resposta à minha indagação sobre a hospitalidade do povo da ilha. Na verdade, eu andava meio decepcionada com o tratamento que vinha sendo dado nos hotéis de Cuba a nós, turistas. Mas aquela frase me feriu como uma lança.
Naquele momento percebi que, a ânsia por dólares tinha feito os funcionários do setor turístico esquecerem os valores morais ensinados há décadas com a Revolução de Fidel Castro. Só que eles não são os únicos habitantes daquela ilha tão polêmica. Aquele jovem, que carregava o mesmo nome de El comandante, também lembrou que a tristeza que os cubanos levavam na alma, pelo aprisionamento de uma ditadura, não foi suficiente para apagar de suas faces a simpatia típica dos povos caribenhos. Não seria a falta de dinheiro, nem as restrições do sistema, que lhes tirariam a esperança.
Fidel, o estudante, se orgulha de ter como mártir um ícone mundial como Che Guevara e diz que, ele sim, foi um verdadeiro socialista. Perguntado sobre o que achava de seu xará, o Castro, o rapaz disse: "ele não é socialista". Seu amigo Vani, também universitário, tratou logo de completar o raciocínio: "Enquanto voltamos para casa com fome após perdermos seis horas escutando um discurso do presidente na Praça da Revolução, ele segue para a casa, em uma comitiva de dez carros, descansa em um quarto luxuoso e fuma seu charuto".
Mas a desilusão com o líder da Revolução de 59 não é unanimidade como o amor ao Che. Minutos depois, eu escutava de um taxista, que fez questão de se apresentar como Roberto, que a vida dos cubanos melhorou muito com a chegada de Fidel Castro ao poder. Eu relatei o descontentamento dos mais jovens e o homem respondeu: "eles não sabem o que era isso aqui antes da revolução". Imediatamente explicou que a violência é uma palavra apagada do dicionário daquele povo. Segundo ele, não há assassinatos, tráfico de drogas ou assaltos. No máximo, um furto aqui e outro ali.
Se o socialismo segue sendo utopia na cabeça de alguns, ninguém faz questão de esconder o orgulho que têm da qualidade da educação e da saúde no país. O mesmo jovem que criticou a ditadura castrista enche a boca para lembrar que o ensino é gratuito e todos têm a educação básica assegurada. Ainda, de acordo com ele, não há analfabetismo na ilha. "Uma mãe que não leva seu filho à escola pode pegar 10 anos de prisão", explicou Vani. As conquistas no campo educacional são expostas até no Museu da Revolução. Enquanto que em 1958 o orçamento para o setor era de 79,4 pesos e o gasto por aluno de 11 pesos, em 1990, o orçamento foi de mais de 1.856 pesos, sendo 175 para cada estudante.
A crise financeira causada pela queda da União Soviética, que ajudava economicamente a ilha, agravou a pobreza e ficou marcada na alma dos cubanos. Para se recuperar de um naufrágio, a população vê com bons olhos a chegada dos dólares através do turismo. Ao caminhar pelas ruas de Havana Velha não se fica um minuto sequer sem ouvir alguém pedir um dólar. Mas quem pensa que são pessoas marginalizadas, sujas e moribundas, que vivem nas ruas, se engana. São pessoas pobres sim, mas não mendigos ou excluídos sociais com os quais costumamos esbarrar nas esquinas cariocas. Não se vê meninos de rua, tampouco crianças doentes jogadas pelos cantos. Por mais humilde que seja sua vestimenta, não há um chiquito sem calçado.
Se o sorriso cubano está cada vez mais escasso, como disseram os jovens universitários, enquanto houver um show de salsa, existirá uma ponta de alegria. Assim como os brasileiros, nossos amigos latino-americanos são bastante musicais. Se nas ruas brasileiras sempre há uma baducada com cavaquinho e pandeiro, em Havana os velhinhos músicos se enchem de vigor ao mexer uma maraca e sentar para tocar um violão. Imediatamente surgirá um casal para dançar a salsa, a rumba ou outros ritmos calientes difíceis de distinguir um dos outros. Os cubanos também têm molejo no quadril e suas mulatas, tanta sensualidade quanto as nossas.
Quem conhece Cuba, no mínimo, se apaixona pela cultura, pela arquitetura e por seu ar de coisa antiga (por que não?). E quando pintar aquela vontade de falar sobre política, é claro que não dá para bater palmas para uma ditadura que aliena seu povo, mas também é impossível fechar os olhos para as conquistas sociais promovidas por El Comandante.
Amar Ernesto Che Guevara é fácil: ele morreu. Quem não sente nostalgia quando fala dos ídolos mortos? O difícil é julgar um governo que se perpetua há mais de 40 anos sob a figura de um homem, que pela duração de seus discursos, parece que não vai morrer nunca. Se é triste saber que os cubanos não têm acesso às informações, nem permissão para viajar a outro país, não vamos ser ingênuos de esquecer toda espécie de covardia que os norte-americanos têm feito através do embargo econômico, para provar que o socialismo não existe e nunca existiu. Não ver uma criança cheirando cola na calçada já é um alento ao coração. Por isso, quem conseguir, que atire a primeira pedra.

Brasil, entre Cuba e EUA

De Eliane Cantanhêde - colunista da Folha

O Brasil terá certamente um papel importante, senão fundamental, na transição de Cuba pós-Fidel Castro. Não só por ser o principal país da América do Sul, mas por ter defendido, desde FHC e principalmente agora com Lula, a reintegração cubana ao continente e o fim das barreiras e embargos.
Se Hugo Chávez é o maior e mais eficaz amigo de Cuba com seus petrodólares, Lula tem uma enorme vantagem sobre ele: além de aliado de Fidel e agora de Raul Castro, Lula mantém um diálogo maduro e próximo com os Estados Unidos. É assim com George W. Bush, certamente será assim com o sucessor --ou sucessora-- seja democrata, seja republicano.
É um mediador natural de qualquer tentativa de diálogo, principalmente entre governos, mas não só.
Cuba precisa dos petrodólares de Chávez, mas precisa mais ainda do respeito internacional e das sólidas pontes do Brasil e de Lula com o mundo e com os EUA. E os EUA precisam do Brasil para abrir a porta de qualquer diálogo possível com Cuba.
Há várias incógnitas sobre o que acontecerá daqui em diante, depois que Fidel anunciou pelo jornal "Granma" sua retirada de cena, renunciando à presidência do Conselho de Estado, equivalente à Presidência da República, e ao posto de comandante-em-chefe das Forças Armadas.
Para resumir:
1) Raul Castro, seu irmão e sucessor, terá pulso para comandar a transição, mantendo os cubanos serenos e ao mesmo tempo abrindo o país ao continente, ao mundo e até aos próprios inimigos,os EUA?
2) Como vão se comportar os "cubanos de Miami", que têm muito dinheiro e querem triturar todos os Castro com os próprios dentes?
3) Os EUA, que empurraram Fidel para a órbita soviética e comunista, terão flexibilidade para abrir o diálogo e cancelar o embargo à ilha?
4) E como se comportarão os próprios cubanos dentro da ilha?
Ao contrário das democracias, Cuba não convive com pesquisas de opinião pública. Não sabe, nem se sabe fora dela, até onde os cubanos querem a abertura, como vislumbram o futuro, se desejam jogar tudo para o alto para ter o tênis de grife ou preferem manter tudo como está.
Desde a revolução de janeiro de 1959, mais de um milhão de cubanos deixaram a ilha, insatisfeitos com a falta de liberdade e de oportunidades capitalistas --com tentaram, sem sucesso, os dois campeões de boxe enviados de volta do Brasil para Havana, em avião venezuelano.
Apesar disso, as análises confidenciais brasileiras, desde a época de FHC, são de que Fidel conseguiu manter expressivo apoio popular, sobrevivendo ao fim da União Soviética, à queda do Muro de Berlim e à crise econômica, que se tornou especialmente grave depois de 1995.
Conseguirá manter esse apoio também após a renúncia, agora, ou após a própria morte?
Fidel é o mito de gerações. Difundiu ideais de igualdade emocionantes que fizeram a cabeça de milhões mundo afora, enquanto determinou e conduziu uma prática política repressora das liberdades individuais que gerou oposição também em milhões mundo afora. Além de ter convivido com um embargo econômico cruel e inabalável durante décadas. Um embargo que derrubaria qualquer um, menos ele.
O que se espera é que os ideais sobrevivam, amparados por bons índices de saúde e de educação, e que novos ventos acrescentem ao regime cubano modernidade, democracia e integração ao mundo. Manter o bom legado, passar por cima do mau legado.
É uma utopia? É, mas o Fidel que se aliou a Che Guevara um dia para derrubar um ditador sanguinário e mudar o mundo era o quê? Um utópico. Que, uma vez no poder, se julgou único e insubstituível.
Seu maior acerto foi ter derrubado Fulgencio Batista. Seu maior erro foi ter se perpetuado no poder sufocando qualquer chance de oposição e de questionamento.
Como o próprio Fidel já disse, a história o julgará. Mas, o que mais importa agora não é Fidel, é Cuba. E o que vai acontecer com ela, sua gente e tudo o que representam para o mundo.
Um tema obrigatório, aliás, na conversa que Lula deverá ter com a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, durante o almoço que eles terão em Brasília, em meados de março. Não será a primeira vez que falarão de Cuba, mas pode ser a mais importante delas.

Queridos amigos

A foto abaixo é a minha versão para a da minissérie. Aliás, a história tem me tocado muito porque fala das pessoas que amamos sem pertencer à nossa família, mas que, de alguma forma são tão importantes quanto. É sábia a frase que diz que "amigos são a família que a gente escolhe". Um brinde à amizade.





Esta foto foi tirada no meu casamento em 2006. E até hoje continuamos unidos.

O mundo que meu filho vai ganhar

Dois episódios hoje me fizeram pensar nos rumos da humanidade. O primeiro foi retratado na minissérie "Queridos amigos", que mostra Betinho chegando ao aeroporto com a anistia. Sinceramente, todas as vezes que vejo essa imagem caio aos prantos. É como se o sociólogo fosse alguém da minha família, uma figura que fez parte da minha vida. E realmente fez, mesmo que indiretamente, mesmo que eu não o tenha conhecido pessoalmente.
O segundo fato foi a renúncia de Fidel Castro. É claro que isso vai representar uma mudança. Aliás, é o último território socialista do mundo. Para a maioria das pessoas significa a derrocada de um regime que era condenado ao fracasso. É claro que os países que passaram por esta experiência não tiveram muito êxito, tampouco apoio popular. Mas começo a pensar que hoje não temos dois lados para torcer. É como se você estivesse em um campo de futebol onde só houvesse um time e, sinceramente, não é o seu favorito.
Não sou a favor de ditaduras. Mas se os Estados Unidos não são também, porque financiaram a nossa, a da Argentina, a do Chile? Ora, o que me deixa com uma certa tristeza é saber que meu filho vai encontrar um mundo cada vez mais distante de idéias de solidariedade, como Betinho pregou; de uma esperança em acreditar que o homem pode partilhar. Meu filho vai nascer em um lugar onde só é possível competir, consumir, pensar apenas em si ou no máximo na sua família.
Mesmo não sendo socialista e entristecida com o que a esquerda brasileira se transformou, pelo menos, a lição que eu aprendi foi a de pensar no próximo, acreditar que muitos devem ter muito e não, que enriquecer enquanto o outro passa fome é absolutamente normal. Meu pai sempre pensou que um outro mundo é possível. E me apresentou os dois lados da moeda. Eu tinha os Estados Unidos e URSS para torcer. Podia escolher entre Lula e Collor. Hoje não há mais idéias para serem debatidas, mais discussões acaloradas (e as vezes chatas também). Só existe um único pensamento, o de olhar para o próprio umbigo. E é neste cenário que meu filho vai atuar. Espero que ainda reste um pouco de boas reflexões e mesmo utopias para transmiti-los e que ele e sua geração encontrem novos times para rivalizar com este que está aí.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Nostalgia pura

Perdi os primeiros minutos de Queridos amigos, mas desde a hora que comecei a ver me apaixonei pela história. Afinal, quem não pensa algum dia em reencontrar velhos amigos. Eu, por exemplo, tenho a sorte de nunca tê-los perdido de vista. Agora estamos casados, alguns com filhos e sempre nos reunimos em aniversários e fazemos a nossa festa de Natal.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Filho de peixe, peixe não é

Enquanto o tricampeão de automobilismo Ayrton Senna constumava ajudar instituições de cunho social, hoje sai a notícia de que seu pai é suspeito de manter trabalhadores em condições precárias, leia-se trabalho escravo, em uma das suas propriedades na Bahia.

Notícia inútil e deliciosa

A quem interessar possa, o chocolate Toblerone está completando 100 anos. Até dá vontade de comprar uma barra para comemorar. Delícia!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Escrever

Posso ter muitas dúvidas na vida, mas de algo tenho absoluta certeza: de que amo escrever. Gosto de fazer matérias, de escrever no blog e penso em criar histórias infantis. Posso mudar de emprego, de profissão, de planeta, mas nunca vou abandonar esta mania.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Lost 51

Lanço o desafio aos lostmaniacos de descobrir quem são os seis da Oceanic.

Sobre o Carnaval

Bom, a Beija-Flor foi bicampeã. Não vi o desfile, mas de antemão já digo que torcia para outras escolas. Pelo menos a Viradouro e a Unidos da Tijuca tiveram desfiles muito mais criativos e com enredos bem mais interessantes. Sobre a Mangueira, não vale a pena comentar. Os escândalos que se seguiram neste ano derrubaram a imagem da escola, que acabou pagando o pato na avenida.

Artigo de Siro Darlan

Discutimos hoje no trabalho o artigo que o desembargador Siro Darlan escreveu para O Globo. Ele compara João Estrella (o cara que inspirou Meu nome não é Johnny) e o traficante Tuchinha. Na verdade, concordo em partes com seus argumentos. Fala do privilégio da classe média de conseguir uma pena menor e, assim, ter mais chances de reintegração à sociedade. Inclusive, os mais pobres são jogados em presídios super lotados que estão longe de devolver um ser humano melhor à sociedade. Isso é fato! Traficante de classe média, como nós vimos no filme, acaba tendo uma pena menor que o bandido do morro. E isso é extremamente injusto. Entretanto, há um porém no artigo citado. Pelo que me disseram, Tuchinha não é só um ex-bandido que virou músico, como o texto propõe. Ele estava na quadra da escola de samba em horário inapropriado, já que está cumprindo regime semi-aberto. Portanto, não poderia estar naquele horário dando uma de compositor de samba. É isso.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Lost 50 - eu vi

Maravilhoso o primeiro episódio da quarta temporada. Mais mistérios por aí. E minha cabeça já começa a trabalhar para desvendá-los.

Resumo da folia

Roda Skol, churrasco, Hannibal - a origem do mal, BBB8, encontro com amigos e chuva, muita chuva.

Carnaval do Rio

Não vi os desfiles das escolas de samba, mas o compacto que passou na Globo me fez imediatamente torcer para a Viradouro. Tenho simpatia pela escola desde que ela foi para o grupo especial. Lembra quando pegou fogo o carro do husky siberiano? Neste ano, o enredo que fala do arrepio, de arrepiar, sei lá, é fantástico. Muito criativo.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Pré-carnaval

Meus pais em Minas, meu irmão em Floripa, marido trabalhando e eu em frente a este computador.

Só para constar

Já é Carnaval para esta simples funcionária pública.

Lost 49 - 4ª temporada

Já temos o primeiro episódio. Não sei se vejo logo ou guardo para mais tarde, só para ficar com aquela ansiedade de vê-lo em um momento especial.