Deu no O GLOBO hoje: Mais de 50 artistas e intelectuais, a maioria deles espanhóis, assinaram ontem um manifesto no qual condenam as detenções de dissidentes e as últimas execuções em Cuba. Entre as pessoas que assinaram o texto estão Pedro Almodóvar, Fernando Trueba, Caetano Veloso e Fernando Savater. O texto é uma resposta a uma carta que foi divulgada há poucos dias no jornal “Granma” por intelectuais cubanos que pediram aos espanhóis para que não fizessem o jogo dos EUA.
O manifesto tem como título “Queridos amigos cubanos (de dentro e de fora da ilha)” e rechaça pontos de vista apresentados pelos cubanos em sua carta, que, por sua vez, foi chamada de “Mensagem de Havana para amigos que estão distantes”. O manifesto diz:
“Se nossos nomes apareceram em algum escrito ou manifesto crítico, tanto contra as detenções de dissidentes como contra as execuções recentes realizadas pelo governo de Fidel Castro, não se deve a nenhum erro nem manipulação nem desinformação. Temos condenado e continuamos condenando estes atos por considerá-los um atentado à liberdade e à vida. Muito recentemente temos manifestado, não apenas em documentos similares, mas também com nossa presença nas ruas junto a milhões de cidadãos, nossa oposição frontal à guerra do Iraque. Ambas as coisas não são contraditórias, mas complementares. Basta de se apoiar nas atrocidades do inimigo para cometer impunemente suas próprias. As injustiças e os crimes contra a Humanidade têm de ser denunciados, venham de onde vier e cometidos por quem quer que seja. Mantemos nossa solidariedade com o povo cubano, que sobrevive dentro e fora da ilha, mas não com quem já usurpou por tempo demais sua representação e sua voz”.
Concordo plenamente com um protesto contra atitudes que ferem os Direitos Humanos. Mas é preciso saber até onde ir para não embarcar no jogo sujo dos Estados Unidos, que endurecem ainda mais o embargo, agravando a situação econômica de Cuba.
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