terça-feira, maio 06, 2003

García Márquez e Chico Buarque a favor de Cuba

Eu sabia que pessoas inteligentes e de quem sou fã tomariam uma postura de defender Cuba. Já falei aqui que sou contra o fuzilamento de opositores do regime de Fidel, mas também acho que é preciso cautela ao se criticar um país que está na mira dos EUA. Pode servir de pretexto para uma nova guerra suja. É disso que fala a carta lida em Havana no dia 1 de maio, de intelectuais de várias partes do mundo. O documento, intitulado "À consciência do mundo", denuncia "uma campanha de desestabilização contra Cuba". Um dos trechos é o seguinte:

"A ordem internacional foi violada como consequência da invasão contra o Iraque. Uma só potência está infligindo grave dano às normas de entendimento, debate e mediação entre os países. Essa potência invocou uma série de razões não comprovadas para justificar sua invasão. A ação unilateral implicou a perda de vidas civis e a devastação de um dos patrimônios culturais da humanidade", afirma o documento.

"Nós somente possuímos nossa autoridade moral, com a qual apelamos à consciência mundial para evitar uma nova violação dos princípios que guiam a comunidade global das nações. Neste momento, está em marcha uma intensa campanha de desestabilização contra uma nação da América Latina. O acosso contra Cuba pode servir de pretexto para uma invasão. Por isso, exortamos todos os cidadãos e todos os políticos a apoiar os princípios universais de soberania nacional, respeito à integridade territorial e à autodeterminação, essenciais para uma coexistência pacífica e justa entre as nações", diz o texto.


Ele é assinado também por figuras de peso no meio intelectual como Rigoberta Ménchu, Emir Sader e Eduardo Galeano. É preciso que o mundo pense bem antes de dar motivo para que senhor Bush tome qualquer outra atitude belicista.

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