Basta estarmos vivos para partirmos um dia. É a lei
natural das coisas. Mas quando se trata de alguém
poderoso, a gente esquece que isso pode acontecer.
Como se tal pessoa tivesse conseguido a fórmula
da vida eterna. Afinal de contas, é alguém que, na
teoria, sabe mais que a gente, tem mais influência
que a gente e talvez, tenha na manga alguma
surpresa. A gente pensa: "quem sabe conseguiu
uma audiência com Deus, pediu a Ele uma
concessãozinha, para que o deixasse ficar na Terra
quanto tempo quisesse. Ora, se sentia importante"
Mas não. O Lá de Cima não tem preferências nem
concede vantagens. As linhas de nosso destino
estão desenhadas.
E por que tantas divagações? Porque é impossível
não ter pensado algum dia que Roberto Marinho seria
imortal. Como se seu posto na Academia Brasileira
de Letras assegurasse essa condição no sentido literal.
Pois é, o homem se foi aos 98 anos (todo mundo jurava
que passaria dos 100). Despertando admirações e
desafetos.
Inegavelmente, uma passagem que vai fazer
a diferença. Quem não se acostumou com sua presença?
Quando algo era importante passava na TV Globo, quando
o país ia mal, a culpa era dele. E agora? O Brasil vai acordar,
no mínimo, chocado. Uns vão chorar, outros vão lamentar.
Mas todos vão comentar. E a vida segue...
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