Acabei de ler a história de Renato no blog de Mauro Ventura (DizVentura - link aí do lado). Fiquei realmente comovida com a situação e a atitude de tentar ajudar alguém necessitado. Muitas vezes passamos pelas ruas e, já anestesiados, não conseguimos nos sensibilizar com tantos dramas que estão debaixo dos nossos olhos. São milhares de sem-teto, deficientes, menores abandonados, idosos, que tentam sobreviver neste mundo tão desigual.
O bom é saber que ainda existe gente disposta a ajudar essa legião de carentes, que se multiplica a cada ano. Minha mãe, por exemplo, adotou um velhinho que dorme na minha esquina. Ele mora na rua e vende livros usados, que ao final do dia, são guardados dentro de um boteco.
Mamãe freqüentemente compra alguma publicação e depois que termina de ler, devolve para que ele possa vender à outra pessoa. Sem contar que, vive se desfazendo de antigos livros para poder doar ao velhinho.
De vez em quando, ele some. Diz que foi internado. Minha mãe sofre, fica com medo do seu amigo morrer, em um hospital público, sem ninguém. Outro dia, ele pediu uma colaboração, porque iria para o hospital novamente. Dona Eleny se atrasou para chegar ao trabalho simplesmente porque se virou para trocar o dinheiro que queria dar ao seu velhinho. Todos lá de casa rezamos para a sua recuperação.
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