Para homenagear Betinho, que completaria 64 anos no último dia 31 de outubro, nada melhor que cantar para ele "O bêbado e o equilibrista", hino da anistia.
Caía
A tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos
A lua
Tal qual a dona dum bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco
Louco
O bêbado com chapéu coco
Fazia irreverências mil
Pr’á noite do Brasil
Meu Brasil
Que sonha
Com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora A nossa pátria mãe gentil
Choram Marias e Clarisses
No solo do Brasil
Mas sei (ai, mas sei)
Que uma dor assim pungente
Nao há de ser inutilmente
A esperança
Dança
Na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar
Azar
A esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar.
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