Zuenir tambem fala dele
Roubei do seu blog tá, Mel?
Loco por ti, América
(...) Aquela jornada de Ernesto, 23 anos, e Alberto, 29, durante oito meses pelo coração da América Latina, uma boa parte em cima de uma moto caquética apelidada de La poderosa, é a viagem real ou imaginária que todos fizemos um dia atrás de aventuras e de descobertas ou em busca de nós mesmos. É uma viagem de iniciação e despertar de consciência de dois jovens carregados de sonho, vontade e compaixão.
Acompanhando na tela a aventura, sentimos que depois do que aquela realidade vai operando neles, depois, por exemplo, de três semanas num leprosário na Amazônia peruana, em meio a tanta miséria e iniqüidade, o quase médico e o bioquímico não seriam mais os mesmos. No final a gente chora ou tem vontade de chorar pelo orgulho e pela vergonha de ser e não ser latino-americano, por esse continente sofrido - pelo que era em 1952, pelo que continua sendo e pelo que será não se sabe até quando. Essa é a terra pela qual o Che morreu. "Soy loco por ti, América, soy loco por ti de amores", cantaram Gil e Capinan, quando era perigoso dizer o nome do herói morto: "El nombre del hombre muerto ya no se puede decirlo." Waltinho fez pela América Latina na arte um pouco do que Che fez na vida: deu-lhe amor e ternura.
Saí do cinema repetindo o que lá fora já haviam dito do filme: "comovente, extraordinário, emocionante".
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