Marília de Dirceu
Há anos, um professor de Literatura me disse: "você tem olhos de Marília de Dirceu". Não entendi se era um elogio ou uma crítica, se o meu olhar era triste ou alegre, expressivo ou sem vida. Nunca esqueci essa frase. Hoje, por acaso, resolvi ler um pouco do poema de Thomáz Antônio Gonzaga.
"Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve..."
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"Tem redonda, e lisa testa,
Arqueadas sobrancelhas;
A voz meiga, a vista honesta,
E seus olhos são uns sóis.
Aqui vence Amor ao Céu,
Que no dia luminoso
O Céu tem um Sol formoso,
E o travesso Amor tem dois".
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