Bateau Mouche
Fiquei comovida ao ver o "Linha Direja-Justiça" com o caso do Bateau Mouche IV. A tragédia foi fruto de uma irresponsabilidade, que custou a morte 55 pessoas entre as 142 que estavam a bordo. O colega do EXTRA, Nelson Brandão, presenciou de perto o naufrágio, quando passava o réveillon com a esposa no Bateau Mouche III.
Quase não consegui ver o fim do programa, de tanta agonia. A minha família quase embarcou nessa. Na época, todos queriam substituir a mesmisse dos ano-novos na casa dos meus avós e procuravam alternativas para a virada do ano. Em um fomos para um restaurante com boate, em outro em um clube na Barra. Justamente no ano da tragédia minha madrinha sugeriu a ida ao Bateau Mouche. Meu pai foi o primeiro a bater o pé, dizendo que era muito caro, que não tinha condições de comprar ingressos para ele, minha mãe, eu e meu irmão. Afinal, somos os mais pobrinhos do núcleo familiar materno. Portanto, graças a nossa condição financeira, escapamos de participar ou de presenciar uma tragédia.
Ao passar o programa na TV, espero que alguma coisa mude, que se puna os culpados ou que, pelo menos, as vítimas recebam indenizações. Vergonhoso é ver a história em cadeia nacional e nada acontecer.
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