segunda-feira, dezembro 20, 2004

Mistério

Conheci um cara em Cuba em 2002. Ele se dizia estudante de história. Levou meus pais e eu para conhecer o interior da Universidad de Habana e umas ruas próximas. Trocamos e-mail. De lá para cá nos correspondemos, ou melhor, tentamos. Na verdade, ele manda mensagens praticamente iguais. São coisas do tipo: "espero que você e seus pais encontrem-se com saúde, que você esteja bem no trabalho, etc. Te quero bem, Fidel". O cara nunca fala como está, como está a cidade, mesmo amenidades que não comprometeriam sua integridade na Ilha de Fidel Castro. Já cheguei a cogitar a hipótese que os e-mails são violados e qualquer pessoa pode ter sua mensagem lida por alguém do governo antes que chegue ao destinatário. Até entendo que há uma censura. Mas não dizer nada sobre natureza, trabalho, emprego, estudo, é demais, né?

Nenhum comentário: