Quase trinta
Bater à porta dos trinta anos soava como assustador. Era a fase em que a gente precisava andar no salto, deixar de pular no meio da rua, assumir a postura de mulher independente e cortar o cabelo na altura do ombro ou ainda mais curto. Era preciso ser sóbria, com ar equilibrado e preparada para a vida. Isso era o que eu pensava. Mas, não. Chegar aos trinta é muito mais leve e simpático. Me sinto mais feliz aos 29 que aos 21 anos. Posso usar cabelos compridos tal como ele era quando tinha 15, a aparência física se tornou mais harmônica que a dos 19 anos e a maturidade, essa é óbvio, só se adquire com o passar dos anos. E ter a cabeça de hoje é muito mais interessante que a dos 18. Resumindo: comigo tudo melhorou. Não preciso provar nada para ninguém. Estou na idade em que posso me lambuzar de sorvete na frente do presidente da República e, ao mesmo tempo, cuidar de um bebê. Posso sair atrás de um trio elétrico e perder tempo discutindo o declínio do império norte-americano. Basta que eu saiba do fundo do coração quem realmente sou. E isso, está me fazendo um bem ennnooorrrrmmmme!
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