Infância cultural
Quando eu era pequena, reclamava dos passeios que meus pais inventavam aos domingos. Professores de história, resolviam levar a mim e a meu irmão para conhecer museus, centros culturais e parques da cidade. Eu só queria brincar em casa ou ir a uma pracinha. Nada mais. Aí tinha que ver o Museu do Índio, andar pelo Paço Imperial e muitas vezes visitar a Casa de Rui Barbosa. Hoje, dou graças a Deus de ter sido criada desse jeito. Talvez venha daí meu gosto por história, minha vontade de visitar lugares com passado importante e saber mais e mais sobre monumentos. Confesso que não tenho boa memória, mas tenho tomado gosto por retornar a esses lugares. Há alguns meses fui ao Jardim Botânico (nossa, quantas lembranças!). Logo pensei no meu avô, nas imagens das palmeiras imperiais e das vitórias-régias.
Hoje eu sugeri um passeio ao Museu da República. Estava em greve e não pude ver as exposições. Mas foi muito agradável caminhar pelos jardins do palácio e sentar no Café República para comer um struddel. Francamente, muito melhor do que saracutear por um shopping lotado. Já decidi: quando tiver filhos nada de emburrecê-los com passeios freqüentes aos shoppings. Mais praças, mais museus, mais teatros infantis e de marionetes. Tenho certeza que os momentos de lazer se tornam tão mais agradáveis, doces e educativos.
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