Paquerar
Paquerar, azarar, flertar, seja lá qual for o nome, a prática é prazeirosa. Ou deveria ser. Aos 15 anos, quando eu deveria estar me aprimorando na técnica, não queria saber disso. Queria logo arrumar um namorado sério e casar alguns anos depois. Olhar, paquerar, ficar não estavam nos meus planos. Pura bobagem. Hoje, com quase o dobro dessa idade, redescobri como é bom ficar só observando de longe, chegar perto aos pouquinhos e emendar em um papo com direito a risos e piscada de olho. E o sucesso da paquera não implica no seu desfecho. Eu sempre achava que ela era boa se desse em alguma coisa. Quando o ato não terminava em um beijo, para mim era frustrante. Novo engano! O flertar já é em si é gostoso, mesmo que você não saia acompanhada da festa. Só estar ali, olhar de longe, perceber que também está sendo olhada, dar um esbarrão de leve, um sorriso sem graça e desenvolver técnicas de aproximação, até chegar a um papo sem pé nem cabeça já é o máximo. É descobrir o lado leve da vida.
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