quarta-feira, setembro 21, 2005

Saudades

Em tempos de furacão, me lembro do meu avô. Quando eu chegava, ele sempre dizia: "como vai meu turbilhão?". Me chamava assim por achar que sempre fui agitada, falava rápido e tropeçava em tudo. Quando adolescente, vovô dizia que eu precisava ser mais serena, temperada, mas depois viu que não tinha jeito. E me aceitou assim, com um sorriso nos lábios. Seu ar de reprovação virou admiração.

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