domingo, janeiro 27, 2008

Meu nome não e Johnny

Finalmente vi o filme que conta a história do produtor musical João Estrela. Achei a história bem previsível. O trailer já conta tudo o que a gente vai ver na tela. Outro questionamento que faço é em relação à juíza que deu apenas dois anos de pena em um hospital psiquiátrico para o cara. Não achei uma atitude imparcial e justa. Tenho certeza que a pena foi amena simplesmente porque o rapaz é de classe média. Se fosse um destes marginais dos morros, nem haveria dó nem piedade, era penitenciária mesmo. E convenhamos, o cara sabia o que estava fazendo, só que era inconseqüente. Aliás, a pena para quem trafica drogas é de cinco a 15 anos. Nada justifica esta pena tão branda.
Outra crítica ao filme é que existe mais glamour na vida de Johnny do que sofrimento. O cara vive dando festas, ganha bastante dinheiro, vive como um rei viajando pela Europa. Por isso, não acho que seja uma maneira didática de levar adolescentes ao cinema para previnir sobre as drogas. Ele usufruiu do seu crime por muito mais tempo do que foi punido. Tudo bem que a idéia da Justiça é a de ressocialização e não de punição apenas, mas existe um disparate entre a pena aplicada a ele e a milhares de outros traficantes pobres e favelados que estão por aí. É fato que o cara não matava, não usava armas, mas acho perigoso este tipo de diferenciação por classe social e não por crime cometido. Tráfico é um crime horrendo e deve haver uma penalização rigorosa. É isso.

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