O documentário Crianças roubadas da China mostra uma face cruel e triste da política do filho único naquele país. Muitas crianças, principalmente meninos, são roubados por traficantes para serem vendidos para outras famílias. Além disso, muitos pais que não podem ter mais de um filho (arriscados a pagarem multa ou serem perseguidos pelo governo) os vendem, principalmente quando são meninas. Alguns falam de uma maneira natural sobre esse tipo de conduta porque não vêem outra saída e, a prática tornou-se tão corriqueira, que alguns nem sofrem mais de ter que se desfazer dos seus filhos. O mais doido é que, eles, às vezes, vendem crianças grandes, com quem já têm laços afetivos mais estreitos. Havia o caso de um pai, que após perder a mulher, vendeu seu filho de seis anos. O mais velho não se conformava com a atitude do pai e sentia muita falta do irmão. Outra história era a de um casal menor de idade, que não podiam casar legalmente e por isso, também não podiam registrar a filha. Vender a criança foi a única maneira de não sofrerem retaliação do governo.
As meninas são mais desprezadas, porque culturalmente, quando elas casam, passam a pertencer à família do marido. Por isso, para manter a linhagem e ter descendentes que cuidem deles na velhice, os chineses torcem para que o filho único seja menino. Muitas mulheres, ao fazem ultrassom, se descobrem que a criança é do sexo feminino, fazem um aborto. Isso tem gerado consequências absurdas, porque a China será em breve um país de homens sem mulheres. Ah, por isso, também há tráfico de mulheres. Algumas famílias já compram uma menina para garantir uma esposa para o filho, quando ele crescer.
São tantas coisas absurdas que não dá nem para imaginar. A outra é que, assim como meninos são vendidos por preços mais altos que meninas, os mais velhos também valem mais. Isso porque os chineses querem ter menos trabalho . E cuidar de um bebê, com certeza, é muito mais trabalhoso. Eu me pergunto, que tipo de sentimento há nestas pessoas? Eles pensam no aspecto prático em detrimento do afetivo. Seres humanos são meras mercadorias. Lamentável!
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