Barrados no shopping

Explicação: eu não gosto de Elymar Santos, fui acompanhar minha mãe. Afinal, ser filha é padecer... no Riosul.

Rio - Cerca de 100 pessoas que assistiram, na noite desta sexta-feira, o show do cantor Elymar Santos, no Canecão, em Botafogo, e pararam seus veículos no estacionamento do shopping Rio Sul, não puderam retirá-los, porque o estabelecimento estava de portas fechadas. A grande maioria alega que o shopping não informa o horário correto de seu funcionamento, mas avisos afixados nas cancelas das três entradas, exibem uma tabela com essa informação. Por conta disso, os proprietários dos 66 veículos que ficaram presos no local, só puderam retirá-los às 6h, quando abre o estacionamento, além de desembolsarem a taxa de pernoite, no valor de R$ 50, mais o valor do tempo em que ficaram parados.A confusão teve início por volta das 2h, assim que as pessoas deixavam a casa de show. Ao se dirigirem ao estacionamento, os motoristas encontraram as portas fechadas. Seguranças informavam que a reabertura só aconteceria às 6h. Um dos primeiros a chegar ao local, por volta de 1h30m, o médico Jorge Alberto Campos reclamou que não foi avisado em nenhum momento que o estacionamento fecharia antes do término do espetáculo. "Sempre parei meu carro no shopping quando vou ao Canecão. Já saí muito mais tarde e o encontrava aberto", reclamou Jorge, que mora em Niterói e ainda teve que pagar uma corrida de taxi no valor de R$ 80 para sua esposa, pois ela passava mal e não poderia esperar. "Além dos transtornos, tive prejuízos", lamentou.A pedagoga Ângela Alonso também foi uma das prejudicadas. "No cartão que recebemos assim que passamos a cancela do estacionamento, não consta o horário de funcionamento. Estou acostumada a usar o local para ir a shows e nunca tinha passado por isso", disse Ângela. Todos foram unânimes em afirmar que não foram avisados que o horário limite para a retirada de veículos era 1h30m. Revoltados, alguns propuseram recolher assinaturas para que se mova uma ação contra o shopping. Para o funcionário público Gilson Bessa, essas informações precisam ser mais claras. "Ouvi dizer que esse problema estaria acontecendo com freqüência. Creio que uma melhor divulgação cessaria os transtornos", disse.O gerente de operações do Rio Sul, Saulo Valadares, mostrou as cancelas onde estão afixados os avisos aos clientes. "Assim que se retira o cartão de entrada, é possível ler as informações. Lamentamos o ocorrido, mas são nossas normas", disse Saulo acrescentando que em dezembro de 2007, a direção do Canecão foi notificada a parar de veícular o estacionamento do shopping a casa de show. (O Dia)