Tenho me sentido muito sensibilizada cada vez que um menino de rua me pede dinheiro ou implora por comida. Há semanas atrás um garoto dos seus nove, dez anos, me abordou na porta da faculdade. Disse que a mãe, uma diarista, estava com o braço quebrado e sem poder trabalhar. E, por isso, só queria uma lata de leite em pó e um pacote de fralda para a irmã. Prontamente fui até a farmácia mais próxima e fiz as compras. Para ele, dei uma bala. Fiquei tão comovida que, assim que o menino agradeceu e se despediu, dentro da farmácia mesmo cai aos prantos.
Hoje um outro adolescente dizia que queria comida, que não precisava de dinheiro. Desta vez não ajudei. Mas me senti mal de novo. Puxa vida, quando isso vai acabar? Será que a gente vai ver mais e mais crianças abandonadas a cada dia? Se houvesse um programa de planejamento familiar eficiente ou mesmo se fizesse ligadura de trompas nas mulheres que já tiveram dois ou três filhos, a situação melhoraria. Não vejo nenhum problema numa política como esta. Claro que, com o consentimento da mulher e do marido. Poderia haver uma campanha eficiente. Por que não?
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