A Bienal do Livro está cheia como sempre. É gente andando pelos corredores, lotando estandes e impedindo que a gente veja com mais calma o que tem de interessante para conhecer e comprar. Imagino que muitas pessoas vão a estes eventos só pela novidade, pelo modismo e sequer gostam realmente de ler. São as que compram um best-seller qualquer só para dizer que também estão inseridas no mundo mágico da leitura. Mas os lêem muito devagar ou o deixam num canto para ser guardado depois.
Há os adolescentes que comparecem realmente só pelo inusitado e vão até lá para tirar fotos e colocá-las depois no orkut. Vi um grupinho fazendo fila para serem fotografados com o cartaz em tamanho natural do Obama.
Os estandes estavam tão lotados que não consegui comprar os livros de Direito, de que estava precisando. Acabei parando num estande de livros usados e comprei o quarto romance da série Bicicleta Azul, de Regine Deforges ("Tango negro"), De amor e de sombras, da Isabel Allende e Rota 66, do Caco Barcellos. Nada raro, tampouco lançamentos.
No estande da Livraria da Travessa havia edições lindíssimas de clássicos da literatura, com capa dura, em inglês e laterais douradas. Quase saí com a obra completa de Oscar Wilde debaixo do braço. Depois pensei bem e falei que ainda preciso caminhar muito para ler no idioma original. Acabamos levando livros de arte e de cinema, muito interessantes!
Quanto ao reembolso do ingresso, que prometeram dar em alguns estandes, caso a pessoa adquirisse mais de R$ 50 em livros, é uma lenda. Em todos em que fomos, inclusive de editoras grandes como Record e Saraiva, ninguém oferecia tal desconto.
Enfim, saímos com algumas publicações, cansados, mas valeu a pena. Sempre vale a pena percorrer um evento como estes, ainda mais para quem ama o mundo das letras.
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