quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Contra animais capturados

Soube da notícia de orca que matou uma treinadora no SeaWorld, de Orlando. Uma tristeza! Mas igualmente triste é como capturam esses animais para que sejam feitos de fantoches em parques aquáticos. Vi recentemente um documentário sobre o aprisionamento de golfinhos, justamente com este objetivo. Muitos são capturados e outros, na tentativa de se libertarem, são assassinados.
Portanto, não me convidem para shows de orcas e golfinhos adestrados, ok? Se eu quiser vê-los vou para Ilha Grande, Fernando de Noronha ou algum lugar do Pacífico. Portanto, quando voltar a Orlando, vou me lembrar de não comparecer a nenhum destes parques que cometem crueldades deste tipo. Quero ver só Mickey, Minnie, Pateta e outros personagens mais ingênuos.
Bom, o post do Blog Só Ciência do O Globo trata do tema e concordo em gênero, número e grau. Veja o post:

"Assassina ou escrava? (por Cesar Bainha, O Globo)

Uma orca saltou do tanque e matou uma treinadora no parque SeaWorld, em Orlando, nesta quarta-feira. Fato lamentável, mas, na minha opinião, evitável.

Ao contrário do que muitos pensam, as orcas não são baleias, e sim cetáceos da família delphinidae, a mesma dos golfinhos. São consideradas um dos animais mais inteligentes do mundo, com grande memória, comportamentos sociais complexos e capazes de resolver problemas lógicos. O cérebro de uma orca pesa cerca de 8 quilos, contra uma média de pouco menos de 1,5 kg de um homem adulto. Nada mais razoável presumir que tenham autoconsciência, isto é, a capacidade de se entenderem como sujeitos únicos. Tese que é defendida no documentário "The cove", um dos favoritos ao Oscar deste ano (veja o trailer e saiba mais).

Assim, retiradas dos vastos oceanos e levadas a tanques nos parques, as orcas são como pessoas presas em cubículos mínimos. E ainda são sujeitas a trabalhos forçados degradantes, numa escravidão de truques repetitivos e anti-naturais para uma plateia escandalosa e barulhenta. Alguém pode culpá-la por enlouquecer, ter um ataque de raiva ou simplesmente buscar vingança contra um de seus algozes, já que a fuga é impossível? Detalhe: pelas descrições do ataque à treinadora, a orca usou exatamente a estratégia natural para capturar a dieta preferida da espécie, focas.

Como evitar que isso se repita? Simples: a proibição completa da captura de orcas e golfinhos para shows circences, assim como de leões, tigres, elefantes, macacos etc. Só devem permanecer em cativeiro animais já nascidos nesta condição, já que terão mínima ou nenhuma chance de sobrevivência caso devolvidos ao seu habitat natural. No caso dos zoológicos, talvez também a possibilidade de permanecer com animais extraviados, doentes e recuperados ou retirados de situações degradantes como a descrita.


Quer nadar com golfinhos? Mergulhe em Fernando de Noronha. Ver uma orca? Faça um cruzeiro pelo Ártico ou Antártica. Passear de elefante? Vá para a Índia. Ver um leão? Que tal um safári (fotográfico!) na África? Mas, como já disse, esta é apenas a minha opinião..."

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