Estava estudando Direito do Trabalho e me deparei com um histórico bastante interessante e, graças a Deus, algo cada vez mais raro: o trabalho infantil. Esse tipo de atividade só passou a ser combatida no século XIX.
Na Grã-Bretanha, antes da era Vitoriana (século XVIII), os limpadores de chaminés recrutavam crianças pequenas como auxiliares, incumbidos de subir até o topo afunilado para desobstruir a saída das chaminés das casas dos ricos. Eles tinham que fazer este trabalho, caso contrário seriam castigados por um capataz que os esperava no meio da rua.
A primeira medida legal que limitava a utilização de crianças na tarefa surgiu em 1788, na Inglaterra. A lei passou a impedir o trabalho dos pequenos "trepadores" com menos de oito anos. Além disso, a medida também previa o banho das crianças uma vez por semana, folga aos sábados para irem à igreja e proibia o trabalho forçado nas chaminés com o fogo aceso.
Parece até piada, não é: banho uma vez por semana e a proibição de as chaminés estarem acesas no momento do trabalho. Mas é porque, antigamente, o trabalhador não tinha qualquer benefício ou direito. Na Revolução Industrial, por exemplo, as crianças trabalhavam cerca de 14 a 16 horas por dia. Já pensou?
Analisando isso tudo, vemos que, em alguns aspectos, o mundo evoluiu sim. O Direito do Trabalho é um grande avanço para a humanidade.
Fonte: Direito do Trabalho, Volia Bonfim Cassar, pg. 426, editora Impetus
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