(com spoilers)
O episódio final de Lost é emocionante. Não traz muitas respostas, mas nos faz acompanhar o reencontro emocionante de vários personagens marcantes da série. Um dos momentos mais marcantes, para mim, foi o nascimento de Aaron e o reencontro de Sawyer e Juliet. Não sei explicar porquê.
The End, o capítulo final, nos diz que há sempre tempo de demonstrarmos o que sentimos para quem amamos. Assim fez Jack quando se despediu de Kate na ilha e, também, quando reencontra seu pai no purgatório. Pode ter sido uma saída simplista dos roteiristas de amarrarem a história assim: com o reencontro de todos os que se conheceram na ilha após a morte.
Não posso deixar de dizer que senti falta de Mr. Eko, de Michael e do filho. Gostei do final, com Jack fechando o olho, onde o abriu pela primeira vez, após a queda do avião no primeiro episódio da série.
Vou sentir falta desses personagens que me acompanharam nos últimos quatro anos (eu comecei a primeira temporada em março de 2006).
Hoje se passaram tantas coisas boas, que, no fim, Lost sempre será lembrada com uma série que acompanhou uma etapa tão importante da minha vida. Pois há quatro anos eu estava começando um namoro, que se tornaria um casamento. O recomeço, ao lado de alguém que amo e com quem sempre vou querer estar, o recomeço de uma vida profissional e também um novo ciclo como mãe, mesmo ainda sem filhos, mas sentindo um amor enorme por Matheus e por Brenda, que me ensina a cada dia como cuidar de um outro ser. Afinal, os nossos bichos de estimação estão ali quando a gente menos espera. Vincent que o diga, ficou ao lado de Jack, enquanto ele estava morrendo.
Bom, esse post talvez seja difícil de entender, aliás, igual à série, porque estou escrevendo assim, em um daqueles momentos de reflexão sobre a vida. Quando a arte não imita a vida, mas permite que deixemos aflorar sentimentos verdadeiros, ao chorarmos vendo imagens emocionantes, também paramos para pensar na nossa jornada como um filme: onde erramos, que caminho escolhemos, a que grupo nos aliamos. No fim, o que se descobre é que o que realmente vale é compartilhar a vida com as pessoas que passam por ela e, por algum motivo, tornam-se importantes nessa trajetória. Juntos, não nos sentiremos mais sozinhos, tampouco perdidos. O nosso caminho nesta ou em outra vida só se constrói ao lado de quem amamos.
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