Ando extremamente irritada com a maneira como se mistura religião e política neste país. Não sou intolerante, mas sinto falta do tempo em que os padres pregavam apenas a união e paz e eram neutros em relação aos rumos adotados pelo Congresso Nacional ou pelo Executivo. Agora esta onda de pastores evangélicos lotando os cargos políticos está influenciando uma massa da população mais humilde. Na semana passada, circulou na internet um texto que alegava que Dilma pregava o satanismo por ser a favor do aborto e do casamento entre homossexuais. Podemos até não concordar com uma ou outra proposta, mas relacionar à religião é um golpe baixo.
Sinceramente, as igrejas pentecostais vêm promovendo a ignorância da população. Há casos em que os professores de Biologia se recusam a falar da teoria da Evolução em sala de aula ou, se abordam o tema, dizem que isso não foi bem assim e tocam a falar de religião. Agora que o mundo está aprendendo a lidar com as diferenças, que caminha para a frente, alguns segmentos religiosos barram no Congresso a alteração de uma série de leis que pretendem coibir a homofobia. Gente, isso é retrocesso!
Sei que muita gente que faz parte das correntes evangélicas pentecostais vai ficar com raiva deste post. Mas é minha opinião. Não deixo de respeitar e gostar de alguém do meu convívio que esteja ligado a uma delas, só que me recuso a aceitar essa ideia de que a religião pode negar o que já se descobriu cientificamente e tratar os desiguais como se fossem aberrações.
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