O governador Sérgio Cabral andou dando bola fora. Ao se declarar a favor do aborto, fez a seguinte declaração em uma reunião de empresários: "quem aqui não teve uma namoradinha que teve que abortar?".
A frase traz em seu conteúdo algumas suposições:
1- A namoradinha era alguém que não se amava, ou seja, uma mera diversão e por isso, não merecia ter um filho seu.
2 - Transou com uma menina qualquer sem preservativo.
3 - "Teve que abortar"? Por acaso alguém é obrigado a isso?
4 - A namoradinha era alguém que a família não gostava ou não conhecia
5 - A namoradinha era uma adolescente e, por isso, era nova para ter um filho.
6 - A própria palavra "namoradinha" é usada em termos pejorativos, diminuindo a importância da pessoa.
Fala sério! A discussão sobre aborto deve existir sim, mas com um pouco mais de seriedade. Algumas coisas você até fala em um churrasco entre amigos ou em um choppinho, mas uma pessoa pública precisa ser mais cautelosa nas suas declarações.
Eu não sou a favor do aborto, mas de uma discussão responsável sobre o tema. Até agora só se falou do caso levando para o viés religioso e para o da chacota. Mas alguém está realmente preocupado com a saúde pública, com o lado psicológico da mulher? Pelo visto, não!
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