(Por Carolina Bessa)
Ele não sabia gargalhar. O riso fácil, escancarado, barulhento era coisa impossível para ele. Não aprendeu como se fazia e achava graça de quem o conseguia. Criado por uma mãe que lamentava as mortes prematuras do marido e de um dos filhos, na sua casa não tinha programa de humor, música nem festa.
Mas o homem que não gargalhava cresceu, conheceu uma mocinha por quem se apaixonou, teve filhos, netos e bisnetos, sustentou a todos dignamente, comprou uma ilha encantada, teve gato, cachorro e papagaio. E, no fim, o homem que não gargalhava foi muito feliz!
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