Fiquei muito interessada em ler "O reino deste mundo" do cubano Alejo Carpentier, precursor do realismo fantástico. O romance teve como inspiração o Haiti nos fins dos anos 40 do século 20. Como este país tão pouco conhecido de nós, brasileiros, está nos jornais todos os dias (infelizmente, por conta do terremoto que o destruiu) e também porque adoro este estilo literário, é uma boa pedida para os próximos meses. O livro custa cerca de R$ 24,90 e tem a tradução de Marcelo Tápia. Está sendo relançado no Brasil.
Segundo matéria publicada na Folha de S. Paulo, foi no Haiti que Carpentier entreou em contato com aquilo que julgava ser patrimônio da América Latina: a realidade maravilhosa. No prólogo de "O reino deste mundo", ele diz que o maravilhoso está nas datas históricas e na própria vida cotidiana dos homens do continente e serve de material para construção de grandes narrativas.
A matéria da Folha cita trechos mais que fantásticos, como o do escravo Mackandal, personagem da história, que mesmo após ter sido morto pelos brancos, não abandona "o reino deste mundo", pois permanece como espírito para os negros, apesar de fisicamente não existir mais para os brancos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário