Não gosto de programas televisivos que se aproveitam da pobreza alheia para fazer um sensacionalismo. O programa do Gugu é repugnante. Toda semana, ele dá uma casa nova para uma família. E tem aquela história de mostrar a história daquelas pessoas, fazer um suspense e depois fazê-los chorar. No Caldeirão do Hulk tem outra que tem uma proposta ainda pior. Duas famílias miseráveis disputam um jogo para ganhar dinheiro com o intuito de colocar a vida em ordem. Gente, o que é isso? E quem perde? As pessoas depositam a esperança em um programa de televisão. É o fim, né?
Ontem, o Pânico na TV, um dos programas humorísticos mais criativos da atualidade, também abusou da falta de humanidade. Fez um quadro com aquela moça sem dentes, que fazia a personagem Paula Veludo. Ela escreveu uma carta para Sabrina dizendo que queria passar por uma transformação, ou seja, melhorar sua aparência. Só que os produtores deixaram claro que, se ela ficar bonita, não poderá mais ser a personagem e perderá o cachê da Rede TV! Por mais que isso seja combinado, é horrível fazer suspense com o sofrimento alheio. A moça já sofreu horrores na vida, deve ser humilhada sempre por sua aparência, já que não consegue emprego por não ter os dois dentes da frente. Aí vem um programa e diz que só a quer se ela continuar com uma aparência digna de caricatura? É lamentável. Nota zero para todas essas atrações bizarras da televisão brasileira.
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