Meu filho, falta muito pouco para eu tê-lo nos braços e a ansiedade só aumenta a cada segundo.
É porque esta não é uma espera de nove meses, mas de uma vida. Afinal, que menina nunca sonhou em encontrar o príncipe encantado, casar-se com ele, ter filhos e viverem todos felizes para sempre?
Esses últimos dias antes de você vir ao mundo têm sido de bastante reflexão. Apesar dos 35 anos, quase 36, me sinto uma garotinha perdida. Tenho procurado amadurecer a cada dia, para ser uma pessoa segura ao te receber. Mas entenda, meu filho, não é fácil.
No dia em que você chegar, estará nascendo também uma nova mãe, no caso, eu. Alguém que só tem a certeza de que vai te amar incondicionalmente. De resto, vou aprender tudo, no dia-a-dia, com você me ensinando os caminhos a seguir. Por isso, também a aflição, o medo de falhar, de não ser a mãe perfeita, que afinal de contas, não serei. Ninguém é perfeito. Eu quero apenas te dar muito orgulho.
Enquanto te espero, penso nos momentos que virão. Sonho com você sendo amamentado, com os primeiros sorrisos, as primeiras palavras, os primeiros passos, a primeira festa na escola, os primeiros rabiscos e desenhos, a primeira redação e a primeira travessura.
Enquanto você não vem, fico imaginando como será seu rostinho e sua personalidade, se terá os meus olhos ou a boca de seu pai. Se terá cabelos lisos ou ondulados, se será chorão como a mãe ou levado como o pai. E sigo sentindo seus chutes, seus soluços, seu pequeno corpinho comprimindo todo o meu. Só por isso, eu me emociono e permaneço nesta imensa espera de dias, horas, minutos e segundos. Te espero, meu filho, falta pouco, só mais um pouquinho, para você ganhar o meu colo e o mundo.
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