A notícia de que mais cinco cubanos entraram em greve de fome após a morte do dissidente Orlando Zapata pode ser um indício de que algo está para acontecer. Tal atitude nada mais é que um protesto legítimo contra a política vigente em Cuba. Trata-se de uma manifestação silenciosa do povo insatisfeito com a ditadura presente na Ilha há cinco décadas. E essas vozes caladas há tanto tempo, um dia iriam gritar de alguma forma mesmo. Tal movimento me faz lembrar da política de não-violência de Mahatma Ghandi, que conseguiu libertar a Índia do Império Britânico através de uma luta pacífica, sem armas, sem violência. Quem sabe o povo cubano não consiga libertar seu país de uma ditadura, transfomando a ilha caribenha em um país democrático? Quem sabe a greve de fome tenha sido uma saída eficaz encontrada pelo povo?
Posso estar fazendo uma análise prematura ou mesmo ingênua e que talvez tal comportamento seja uma manifestação de poucos, já que os muitos acabam sendo reprimidos ou simplesmente se acomodam, ainda que desgostosos. Como eu disse ontem, acho bastante reducionista o presidente Raúl Castro falar que a morte de Zapata seja culpa dos Estados Unidos. Não é. Trata-se somente da tentativa de alguém mostrar que não concorda com as prisões políticas feitas pelo Governo. E contra greve de fome não há ações ou argumentos. Neste caso, os caminhos são: ceder às reivindicações ou deixar que as pessoas definhem (algo nada simpático, que no mínimo, esbarra em questões de Direitos Humanos) .
Não há modo de reprimir tal comportamento. Ninguém consegue obrigar outrem a se alimentar, ainda que o leve para o hospital e lhe injete soro. Tal protesto é capaz de desestabilizar o oponente. Portanto, a Repressão acostumada a trancafiar, torturar ou exilar vozes dissonantes, não vai conseguir se omitir diante do que tem a dizer um corpo a mingua.
Um blog para falar sobre política, viagem, cinema, séries, notícias e muito outros assuntos interessantes...ou não.
sexta-feira, fevereiro 26, 2010
Anistia para quem?
Muito bom o texto de Frei Betto, para a Revista Caros Amigos. Ideias lúcidas e bastante pertinentes valem a pena ser lidas e debatidas.
Jobim, Vannuchi e a memória brasileira
Por Frei Betto
Indignados com o Programa Nacional de Direitos Humanos, lançado por Lula, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes das Forças Armadas teriam apresentado suas renúncias, recusadas pelo presidente.
Lula teria prometido rever pontos do programa, como os que exigem a instalação de uma Comissão da Verdade, a abertura dos arquivos militares e a retirada, de vias públicas, de nomes de pessoas coniventes com a repressão da ditadura.
O ministro Paulo Vannuchi, de Direitos Humanos, cumpre seu dever de cidadão e autoridade. O Brasil é o único país da América Latina, assolado no passado por ditadura militar, que prefere manter debaixo do tapete crimes cometidos por agentes públicos.
A lei da anistia, aprovada pelo governo Figueiredo, é uma aberração. Anistia se aplica a quem foi investigado, julgado e punido. O que jamais ocorreu, no Brasil, com os responsáveis por torturas, assassinatos e desaparecimentos. Aqueles que lutaram contra o regime militar e pela redemocratização do país foram, sim, severamente castigados. Que o digam Vladimir Herzog e Frei Tito de Alencar Lima.
Tortura é crime hediondo, inafiançável e imprescritível. Ao exigir que se apure a verdade sobre o período ditatorial, o ministro Vannuchi e todos nós que o apoiamos não somos movidos por revanchismo. Jamais pretendemos fazer a eles o que eles fizeram a nós. Trata-se de justiça: descobrir o paradeiro dos desaparecidos; entregar às suas famílias os restos mortais dos que foram assassinados e enterrados clandestinamente; comprovar que nem todos os militares foram coniventes com as atrocidades cometidas pelo regime; livrar as Forças Armadas da influência de figuras antidemocráticas que exaltam a ditadura e acobertam a memória de seus criminosos.
O presidente Lula não merece tornar-se refém dos saudosistas da ditadura. É a impunidade que favorece, hoje, a prática de torturas por parte de policiais civis e militares, como ocorre em blitzen, delegacias e cadeias Brasil afora. Inútil os militares tentarem encobrir a verdade sobre o nosso passado.
Até no filme de Fábio Barreto, “Lula, o filho do Brasil”, a truculência da ditadura é exposta em cenas reais e fictícias. “Batismo de Sangue”, de Helvécio Ratton – o filme mais realista sobre o período militar – revela como jovens estudantes idealistas eram tratados com uma crueldade de fazer inveja aos nazistas.
Participei, com Paulo Vannuchi, do projeto que resultou no livro “Brasil, Nunca Mais” (Vozes), assinado por Dom Paulo Evaristo Arns e o pastor Jaime Wright. Todas as informações contidas na obra foram obtidas na documentação encontrada no Superior Tribunal Militar. E, em data recente, o major Curió, que comandou a repressão à guerrilha do Araguaia, abriu uma mala de documentos.
Anistia não é amnésia. O Brasil tem o direito de conhecer a verdade sobre a guerra do Paraguai, Canudos e a ditadura instalada em 1964. Bisneto e neto de militares, sobrinho de general e filho de juiz de tribunal militar (anterior ao golpe de 64), gostaria que os nossos Exército, Marinha e Aeronáutica fossem forças mais amadas que armadas.
Frei Betto é escritor, autor, em parceria com L.F. Veríssimo e outros, de “O desafio ético” (Garamond), entre outros livros.
Jobim, Vannuchi e a memória brasileira
Por Frei Betto
Indignados com o Programa Nacional de Direitos Humanos, lançado por Lula, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes das Forças Armadas teriam apresentado suas renúncias, recusadas pelo presidente.
Lula teria prometido rever pontos do programa, como os que exigem a instalação de uma Comissão da Verdade, a abertura dos arquivos militares e a retirada, de vias públicas, de nomes de pessoas coniventes com a repressão da ditadura.
O ministro Paulo Vannuchi, de Direitos Humanos, cumpre seu dever de cidadão e autoridade. O Brasil é o único país da América Latina, assolado no passado por ditadura militar, que prefere manter debaixo do tapete crimes cometidos por agentes públicos.
A lei da anistia, aprovada pelo governo Figueiredo, é uma aberração. Anistia se aplica a quem foi investigado, julgado e punido. O que jamais ocorreu, no Brasil, com os responsáveis por torturas, assassinatos e desaparecimentos. Aqueles que lutaram contra o regime militar e pela redemocratização do país foram, sim, severamente castigados. Que o digam Vladimir Herzog e Frei Tito de Alencar Lima.
Tortura é crime hediondo, inafiançável e imprescritível. Ao exigir que se apure a verdade sobre o período ditatorial, o ministro Vannuchi e todos nós que o apoiamos não somos movidos por revanchismo. Jamais pretendemos fazer a eles o que eles fizeram a nós. Trata-se de justiça: descobrir o paradeiro dos desaparecidos; entregar às suas famílias os restos mortais dos que foram assassinados e enterrados clandestinamente; comprovar que nem todos os militares foram coniventes com as atrocidades cometidas pelo regime; livrar as Forças Armadas da influência de figuras antidemocráticas que exaltam a ditadura e acobertam a memória de seus criminosos.
O presidente Lula não merece tornar-se refém dos saudosistas da ditadura. É a impunidade que favorece, hoje, a prática de torturas por parte de policiais civis e militares, como ocorre em blitzen, delegacias e cadeias Brasil afora. Inútil os militares tentarem encobrir a verdade sobre o nosso passado.
Até no filme de Fábio Barreto, “Lula, o filho do Brasil”, a truculência da ditadura é exposta em cenas reais e fictícias. “Batismo de Sangue”, de Helvécio Ratton – o filme mais realista sobre o período militar – revela como jovens estudantes idealistas eram tratados com uma crueldade de fazer inveja aos nazistas.
Participei, com Paulo Vannuchi, do projeto que resultou no livro “Brasil, Nunca Mais” (Vozes), assinado por Dom Paulo Evaristo Arns e o pastor Jaime Wright. Todas as informações contidas na obra foram obtidas na documentação encontrada no Superior Tribunal Militar. E, em data recente, o major Curió, que comandou a repressão à guerrilha do Araguaia, abriu uma mala de documentos.
Anistia não é amnésia. O Brasil tem o direito de conhecer a verdade sobre a guerra do Paraguai, Canudos e a ditadura instalada em 1964. Bisneto e neto de militares, sobrinho de general e filho de juiz de tribunal militar (anterior ao golpe de 64), gostaria que os nossos Exército, Marinha e Aeronáutica fossem forças mais amadas que armadas.
Frei Betto é escritor, autor, em parceria com L.F. Veríssimo e outros, de “O desafio ético” (Garamond), entre outros livros.
quinta-feira, fevereiro 25, 2010
Contra animais capturados
Soube da notícia de orca que matou uma treinadora no SeaWorld, de Orlando. Uma tristeza! Mas igualmente triste é como capturam esses animais para que sejam feitos de fantoches em parques aquáticos. Vi recentemente um documentário sobre o aprisionamento de golfinhos, justamente com este objetivo. Muitos são capturados e outros, na tentativa de se libertarem, são assassinados.
Portanto, não me convidem para shows de orcas e golfinhos adestrados, ok? Se eu quiser vê-los vou para Ilha Grande, Fernando de Noronha ou algum lugar do Pacífico. Portanto, quando voltar a Orlando, vou me lembrar de não comparecer a nenhum destes parques que cometem crueldades deste tipo. Quero ver só Mickey, Minnie, Pateta e outros personagens mais ingênuos.
Bom, o post do Blog Só Ciência do O Globo trata do tema e concordo em gênero, número e grau. Veja o post:
"Assassina ou escrava? (por Cesar Bainha, O Globo)
Uma orca saltou do tanque e matou uma treinadora no parque SeaWorld, em Orlando, nesta quarta-feira. Fato lamentável, mas, na minha opinião, evitável.
Ao contrário do que muitos pensam, as orcas não são baleias, e sim cetáceos da família delphinidae, a mesma dos golfinhos. São consideradas um dos animais mais inteligentes do mundo, com grande memória, comportamentos sociais complexos e capazes de resolver problemas lógicos. O cérebro de uma orca pesa cerca de 8 quilos, contra uma média de pouco menos de 1,5 kg de um homem adulto. Nada mais razoável presumir que tenham autoconsciência, isto é, a capacidade de se entenderem como sujeitos únicos. Tese que é defendida no documentário "The cove", um dos favoritos ao Oscar deste ano (veja o trailer e saiba mais).
Assim, retiradas dos vastos oceanos e levadas a tanques nos parques, as orcas são como pessoas presas em cubículos mínimos. E ainda são sujeitas a trabalhos forçados degradantes, numa escravidão de truques repetitivos e anti-naturais para uma plateia escandalosa e barulhenta. Alguém pode culpá-la por enlouquecer, ter um ataque de raiva ou simplesmente buscar vingança contra um de seus algozes, já que a fuga é impossível? Detalhe: pelas descrições do ataque à treinadora, a orca usou exatamente a estratégia natural para capturar a dieta preferida da espécie, focas.
Como evitar que isso se repita? Simples: a proibição completa da captura de orcas e golfinhos para shows circences, assim como de leões, tigres, elefantes, macacos etc. Só devem permanecer em cativeiro animais já nascidos nesta condição, já que terão mínima ou nenhuma chance de sobrevivência caso devolvidos ao seu habitat natural. No caso dos zoológicos, talvez também a possibilidade de permanecer com animais extraviados, doentes e recuperados ou retirados de situações degradantes como a descrita.
Quer nadar com golfinhos? Mergulhe em Fernando de Noronha. Ver uma orca? Faça um cruzeiro pelo Ártico ou Antártica. Passear de elefante? Vá para a Índia. Ver um leão? Que tal um safári (fotográfico!) na África? Mas, como já disse, esta é apenas a minha opinião..."
Portanto, não me convidem para shows de orcas e golfinhos adestrados, ok? Se eu quiser vê-los vou para Ilha Grande, Fernando de Noronha ou algum lugar do Pacífico. Portanto, quando voltar a Orlando, vou me lembrar de não comparecer a nenhum destes parques que cometem crueldades deste tipo. Quero ver só Mickey, Minnie, Pateta e outros personagens mais ingênuos.
Bom, o post do Blog Só Ciência do O Globo trata do tema e concordo em gênero, número e grau. Veja o post:
"Assassina ou escrava? (por Cesar Bainha, O Globo)
Uma orca saltou do tanque e matou uma treinadora no parque SeaWorld, em Orlando, nesta quarta-feira. Fato lamentável, mas, na minha opinião, evitável.
Ao contrário do que muitos pensam, as orcas não são baleias, e sim cetáceos da família delphinidae, a mesma dos golfinhos. São consideradas um dos animais mais inteligentes do mundo, com grande memória, comportamentos sociais complexos e capazes de resolver problemas lógicos. O cérebro de uma orca pesa cerca de 8 quilos, contra uma média de pouco menos de 1,5 kg de um homem adulto. Nada mais razoável presumir que tenham autoconsciência, isto é, a capacidade de se entenderem como sujeitos únicos. Tese que é defendida no documentário "The cove", um dos favoritos ao Oscar deste ano (veja o trailer e saiba mais).
Assim, retiradas dos vastos oceanos e levadas a tanques nos parques, as orcas são como pessoas presas em cubículos mínimos. E ainda são sujeitas a trabalhos forçados degradantes, numa escravidão de truques repetitivos e anti-naturais para uma plateia escandalosa e barulhenta. Alguém pode culpá-la por enlouquecer, ter um ataque de raiva ou simplesmente buscar vingança contra um de seus algozes, já que a fuga é impossível? Detalhe: pelas descrições do ataque à treinadora, a orca usou exatamente a estratégia natural para capturar a dieta preferida da espécie, focas.
Como evitar que isso se repita? Simples: a proibição completa da captura de orcas e golfinhos para shows circences, assim como de leões, tigres, elefantes, macacos etc. Só devem permanecer em cativeiro animais já nascidos nesta condição, já que terão mínima ou nenhuma chance de sobrevivência caso devolvidos ao seu habitat natural. No caso dos zoológicos, talvez também a possibilidade de permanecer com animais extraviados, doentes e recuperados ou retirados de situações degradantes como a descrita.
Quer nadar com golfinhos? Mergulhe em Fernando de Noronha. Ver uma orca? Faça um cruzeiro pelo Ártico ou Antártica. Passear de elefante? Vá para a Índia. Ver um leão? Que tal um safári (fotográfico!) na África? Mas, como já disse, esta é apenas a minha opinião..."
Morte de dissidente em Cuba
É lamentável o que aconteceu em Cuba. Entretanto, este é o retrato de uma política que se arrasta há anos. O governo Castrista, em vez de fazer uma abertura gradual e tentar promover novos líderes para disputarem eleições livres, agora vive sobrevivendo a duras penas. Um dissidente morreu de greve de fome e várias pessoas tentaram ir ao seu velório, até como um protesto simbólico contra o governo. Dentre estas pessoas, dezenas foram detidas antes de chegar a Holguín, local do enterro.
Sei que há uma controvérsia política, que os Estados Unidos prejudicaram imensamente a Ilha. Só que neste momento, acho muito reducionista este discurso de Raúl Castro de que o país norte-americano é o culpado pela morte do preso político. Francamente, o cara podia até não ser pró-EUA, mas era contra o governo de seu país. E isso, todo mundo tem o direito de ser.
É preciso que Cuba, um país tão bonito, de gente interessante e cultura riquíssima, possa encontrar uma saída vitoriosa, em que o povo saia ganhando, principalmente. Claro que, também sem qualquer intervenção dos Estados Unidos.
Sei que há uma controvérsia política, que os Estados Unidos prejudicaram imensamente a Ilha. Só que neste momento, acho muito reducionista este discurso de Raúl Castro de que o país norte-americano é o culpado pela morte do preso político. Francamente, o cara podia até não ser pró-EUA, mas era contra o governo de seu país. E isso, todo mundo tem o direito de ser.
É preciso que Cuba, um país tão bonito, de gente interessante e cultura riquíssima, possa encontrar uma saída vitoriosa, em que o povo saia ganhando, principalmente. Claro que, também sem qualquer intervenção dos Estados Unidos.
terça-feira, fevereiro 23, 2010
Purgatório
Estou me sentindo muito mal. Além de TPM, vim para o trabalho sob um sol de 40 graus. Já estou com vontade de voltar para casa e tomar um banho bem gelado e ficar no ar-condicionado. Não dá, o Rio de Janeiro virou mesmo o purgatório da beleza e do caos.
sexta-feira, fevereiro 19, 2010
Coerência
Saber equilibrar o que se pensa e diz com o que se coloca em prática é algo quase inatingível. Poucas pessoas que conhecemos conseguem ser o que realmente defendem como ideais. Os valores que nos acompanham, poucas vezes, saem do campo das ideias e vão figurar no nosso comportamento. Falo isso, porque é algo que muito me preocupa. Tento ser coerente com o que penso, mas nem sempre é possível.
Muitas pessoas falam em justiça e fraternidade. Mas seus valores caem por água abaixo quando são injustos com um empregado seu, nunca sequer contribuiram para melhorar a vida dos mais necessitados e pouco ajudam para melhorar o campo social.
Vejo gente que defende a distribuição de renda, mas faz questão de acumular bens e imóveis o quanto pode. Há pessoas que dizem para os seus filhos "mentir é feio", mas ao primeiro telefonema indesejado dizem para os mesmos "se for para mim, diz que não estou".
Não estou aqui colocando o dedo na cara de ninguém. Apenas constatando o que é perfeitamente comum na raça humana. A gente fala para impressionar, expõe com propriedade nossas ideias, tem um belo discurso elogiado por muitos. Só que na hora de fazer, aí é que são elas.
Eu mesma, que acho este mundo capitalista bastante cruel, em que as pessoas são reconhecidas pelo que acumulam e não por sua essência; que acredito que a gente deve trabalhar no que gosta e não no que dá mais dinheiro, me vejo patinando nos meus valores. Hoje viajo para os Estados Unidos e fico feliz da vida quando posso comprar lá objetos bons e mais baratos e, além disso, estou migrando de uma profissão que tanto amo, para outra que ainda não sei dizer que lugar ocupa ou vai ocupar no meu coração. Simplesmente, estou buscando melhores condições financeiras.
Enfim, ser coerente não é para qualquer um. Quem conseguir esta façanha, eu aplaudo de pé.
Muitas pessoas falam em justiça e fraternidade. Mas seus valores caem por água abaixo quando são injustos com um empregado seu, nunca sequer contribuiram para melhorar a vida dos mais necessitados e pouco ajudam para melhorar o campo social.
Vejo gente que defende a distribuição de renda, mas faz questão de acumular bens e imóveis o quanto pode. Há pessoas que dizem para os seus filhos "mentir é feio", mas ao primeiro telefonema indesejado dizem para os mesmos "se for para mim, diz que não estou".
Não estou aqui colocando o dedo na cara de ninguém. Apenas constatando o que é perfeitamente comum na raça humana. A gente fala para impressionar, expõe com propriedade nossas ideias, tem um belo discurso elogiado por muitos. Só que na hora de fazer, aí é que são elas.
Eu mesma, que acho este mundo capitalista bastante cruel, em que as pessoas são reconhecidas pelo que acumulam e não por sua essência; que acredito que a gente deve trabalhar no que gosta e não no que dá mais dinheiro, me vejo patinando nos meus valores. Hoje viajo para os Estados Unidos e fico feliz da vida quando posso comprar lá objetos bons e mais baratos e, além disso, estou migrando de uma profissão que tanto amo, para outra que ainda não sei dizer que lugar ocupa ou vai ocupar no meu coração. Simplesmente, estou buscando melhores condições financeiras.
Enfim, ser coerente não é para qualquer um. Quem conseguir esta façanha, eu aplaudo de pé.
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Pronto, viciei!
A minha mais nova queridinha entre as séries norte-americanas é Dexter. O serial killer é realmente uma figura muito interessante. Não consigo parar de assistir. Estou, por enquanto, no episódio 7 da primeira temporada.
Quanto à última temporada de Lost, estou odiando. É a primeira vez que me desanimo com a série. Vamos ver se há uma reviravolta nos próximos capítulos. A conferir...
Quanto à última temporada de Lost, estou odiando. É a primeira vez que me desanimo com a série. Vamos ver se há uma reviravolta nos próximos capítulos. A conferir...
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
Sobre o amor e a amizade
Em andanças pela blogosfera, achei um texto lindo de Paulo Mendes Campos, que reproduzo a seguir:
"Quem coleciona selos para o filho do amigo; quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem amava; quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai e filho; quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz com os dedos uma carícia; quem se detém no caminho para ver melhor a flor silvestre; quem se ri das próprias rugas; quem decide aplicar-se ao estudo de uma língua morta depois de um fracasso sentimental; quem procura na cidade os traços da cidade que passou; quem se deixa tocar pelo símbolo da porta fechada; quem costura roupa para os lázaros; quem envia bonecas às filhas dos lázaros; quem diz a uma visita pouco familiar: Meu pai só gostava desta cadeira; quem manda livros aos presidiários; quem se comove ao ver passar de cabeça branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que foi a fera do colégio; quem escolhe na venda verdura fresca para o canário; quem se lembra todos os dias do amigo morto; quem jamais negligencia os ritos da amizade; quem guarda, se lhe deram de presente, o isqueiro que não mais funciona; quem, não tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque a fim de conversar com amigo ou amiga; quem coleciona pedras, garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais de dez minutos a fazer mágicas para as crianças; quem guarda as cartas do noivado com uma fita; quem sabe construir uma boa fogueira; quem entra em delicado transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos liquens; quem procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da existência; quem não se acanha de achar o pôr-do-sol uma perfeição; quem se desata em sorriso à visão de uma cascata; quem leva a sério os transatlânticos que passam; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro; quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar o motivo; quem julga adivinhar o pensamento do cavalo; todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre.
Fonte: "Acorrentados", de O amor acaba - crônicas líricas e existenciais (Civilização Brasileira).
"Quem coleciona selos para o filho do amigo; quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem amava; quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai e filho; quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz com os dedos uma carícia; quem se detém no caminho para ver melhor a flor silvestre; quem se ri das próprias rugas; quem decide aplicar-se ao estudo de uma língua morta depois de um fracasso sentimental; quem procura na cidade os traços da cidade que passou; quem se deixa tocar pelo símbolo da porta fechada; quem costura roupa para os lázaros; quem envia bonecas às filhas dos lázaros; quem diz a uma visita pouco familiar: Meu pai só gostava desta cadeira; quem manda livros aos presidiários; quem se comove ao ver passar de cabeça branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que foi a fera do colégio; quem escolhe na venda verdura fresca para o canário; quem se lembra todos os dias do amigo morto; quem jamais negligencia os ritos da amizade; quem guarda, se lhe deram de presente, o isqueiro que não mais funciona; quem, não tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque a fim de conversar com amigo ou amiga; quem coleciona pedras, garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais de dez minutos a fazer mágicas para as crianças; quem guarda as cartas do noivado com uma fita; quem sabe construir uma boa fogueira; quem entra em delicado transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos liquens; quem procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da existência; quem não se acanha de achar o pôr-do-sol uma perfeição; quem se desata em sorriso à visão de uma cascata; quem leva a sério os transatlânticos que passam; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro; quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar o motivo; quem julga adivinhar o pensamento do cavalo; todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre.
Fonte: "Acorrentados", de O amor acaba - crônicas líricas e existenciais (Civilização Brasileira).
Os pequenos limpadores de chaminés
Estava estudando Direito do Trabalho e me deparei com um histórico bastante interessante e, graças a Deus, algo cada vez mais raro: o trabalho infantil. Esse tipo de atividade só passou a ser combatida no século XIX.
Na Grã-Bretanha, antes da era Vitoriana (século XVIII), os limpadores de chaminés recrutavam crianças pequenas como auxiliares, incumbidos de subir até o topo afunilado para desobstruir a saída das chaminés das casas dos ricos. Eles tinham que fazer este trabalho, caso contrário seriam castigados por um capataz que os esperava no meio da rua.
A primeira medida legal que limitava a utilização de crianças na tarefa surgiu em 1788, na Inglaterra. A lei passou a impedir o trabalho dos pequenos "trepadores" com menos de oito anos. Além disso, a medida também previa o banho das crianças uma vez por semana, folga aos sábados para irem à igreja e proibia o trabalho forçado nas chaminés com o fogo aceso.
Parece até piada, não é: banho uma vez por semana e a proibição de as chaminés estarem acesas no momento do trabalho. Mas é porque, antigamente, o trabalhador não tinha qualquer benefício ou direito. Na Revolução Industrial, por exemplo, as crianças trabalhavam cerca de 14 a 16 horas por dia. Já pensou?
Analisando isso tudo, vemos que, em alguns aspectos, o mundo evoluiu sim. O Direito do Trabalho é um grande avanço para a humanidade.
Fonte: Direito do Trabalho, Volia Bonfim Cassar, pg. 426, editora Impetus
Na Grã-Bretanha, antes da era Vitoriana (século XVIII), os limpadores de chaminés recrutavam crianças pequenas como auxiliares, incumbidos de subir até o topo afunilado para desobstruir a saída das chaminés das casas dos ricos. Eles tinham que fazer este trabalho, caso contrário seriam castigados por um capataz que os esperava no meio da rua.
A primeira medida legal que limitava a utilização de crianças na tarefa surgiu em 1788, na Inglaterra. A lei passou a impedir o trabalho dos pequenos "trepadores" com menos de oito anos. Além disso, a medida também previa o banho das crianças uma vez por semana, folga aos sábados para irem à igreja e proibia o trabalho forçado nas chaminés com o fogo aceso.
Parece até piada, não é: banho uma vez por semana e a proibição de as chaminés estarem acesas no momento do trabalho. Mas é porque, antigamente, o trabalhador não tinha qualquer benefício ou direito. Na Revolução Industrial, por exemplo, as crianças trabalhavam cerca de 14 a 16 horas por dia. Já pensou?
Analisando isso tudo, vemos que, em alguns aspectos, o mundo evoluiu sim. O Direito do Trabalho é um grande avanço para a humanidade.
Fonte: Direito do Trabalho, Volia Bonfim Cassar, pg. 426, editora Impetus
domingo, fevereiro 14, 2010
Carnaval 2010
Comecei o Carnaval com uma gripe de matar. Mas ontem eu e marido fomos dar um passeio de carro pela madrugada. Acabamos atravessando a cidade. Comemos cachorro-quente podrão no Engenho de Dentro, demos um passeio na orla do Recreio, entramos no supermercado Pão de Açúcar do Jardim Botânico e comemos um doce no Fornalha do Humaitá.
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Sem dó nem piedade
Não tenho pena de bandido do colarinho branco, que depois de preso se faz de coitado. Francamente, os caras roubam milhões e depois dizem que passaram a noite sofrendo em uma cela especial? E o povo que sofre diariamente, porque o dinheiro usurpado da Saúde, da Educação, do transporte público, da Previdência foi parar no bolso dessa gente?
Posso ter pena de um ladrão de galinha, mas nunca de Arrudas, Pcs Farias, Lalaus da vida. Devem sim, pagar pelo que fizeram, presos e sem privilégios. Desculpa, a falta de compostura, mas depressão de ... ., é .... (palavrão).
Posso ter pena de um ladrão de galinha, mas nunca de Arrudas, Pcs Farias, Lalaus da vida. Devem sim, pagar pelo que fizeram, presos e sem privilégios. Desculpa, a falta de compostura, mas depressão de ... ., é .... (palavrão).
Clima de Carnaval
Por mais que eu não vai sair em blocos, por mais que eu esteja com dor de garganta, por mais que esteja um calor insuportável, hoje saí para o trabalho me sentindo tão feliz. O clima desta época do ano é contagiante, não tem jeito. Fui no meu carrinho, escutando uma música e achando tudo lindo e belo. No fim das contas, o trânsito estava bom, porque muita gente já deve ter viajado. Atravessei a cidade rapidinho e cheguei na empresa com 20 minutos de antecedência. Isso não é muuuito bom?
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Trânsito astrológico
A consciência do próprio valor
Sol em conjunção com Vênus natal
Entre os dias 07/02 às 0h42 e 23/02 às 20h32, o Sol estará iluminando o coração do planeta do amor em seu mapa, Ana, no caso, Vênus. Estes tendem a ser dias em que você percebe de maneira mais acentuada o seu próprio valor pessoal. Suas qualidades e as coisas que tornam você uma pessoa singular e única ficam mais evidentes. É como se as pessoas vissem em você, neste período, mais a sua beleza subjacente do que o seu lado criticável. Por conseqüência, é um bom período para exercitar seu melhor lado, tornando-o ainda melhor! Este é um momento para "contaminar positivamente" as pessoas com as suas boas qualidades, e perceber a imensa beleza que existe em sua alma.
Sol em conjunção com Vênus natal
Entre os dias 07/02 às 0h42 e 23/02 às 20h32, o Sol estará iluminando o coração do planeta do amor em seu mapa, Ana, no caso, Vênus. Estes tendem a ser dias em que você percebe de maneira mais acentuada o seu próprio valor pessoal. Suas qualidades e as coisas que tornam você uma pessoa singular e única ficam mais evidentes. É como se as pessoas vissem em você, neste período, mais a sua beleza subjacente do que o seu lado criticável. Por conseqüência, é um bom período para exercitar seu melhor lado, tornando-o ainda melhor! Este é um momento para "contaminar positivamente" as pessoas com as suas boas qualidades, e perceber a imensa beleza que existe em sua alma.
Lost e os livros
Lost tem várias referências literárias. Principalmente, porque Sawyer, quando não está perturbando os outros, está lendo com seus óculos improvisados.
Pois bem, encontrei no site O Livreiro de O Globo um texto escrito pela jornalista Cláudia Croitor, editora do Ego e dona do site Legendado. Vale a pena conferir:
***
"Tá bom, eu confesso. Eu li O terceiro tira só porque o livro de Flann O’Brien apareceu numa cena de uns dois segundos (é, segundos!) em um episódio de Lost. E também lá fui eu providenciar um exemplar de O senhor das moscas só porque o Sawyer estava lendo – e, ok, porque é considerado um dos livros que inspirou a série, esse de um jeito bem mais óbvio.
De James Joyce a Lewis Carroll, de Gilgamesh a Stephen Hawkins, Lost é permeado de referências literárias e um prato cheio para os fãs que tentam descobrir pistas para os mistérios da série nas linhas e entrelinhas dos livros. Ou para quem simplesmente adora ler, como eu. Ou como o Sawyer.
Pelas mãos do personagem passaram boa parte dos livros citados na série, e alguns foram parar na minha estante só por influência do golpista bonitão – ele já apareceu lendo Agatha Christie, irmãos Grimm, John Steinbeck, Adolfo Bioy Casares (seu A invenção de Morel é outro que tem muito em comum com Lost, aliás)…
Sawyer leu até os manuscritos de um autor que morreu no desastre do voo 815 e teve seu livro, digamos, póstumo lançado no mundo real e indo parar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro é Bad Twin, escrito por Gary Troup (na verdade foi escrito por Laurence Shames, autor real, mas não importa).
Gary Troup eu não li, mas foi Lost quem me deu uma vontade enorme de ler Charles Dickens, autor preferido de Desmond, que emprestou um título seu para virar nome de barco (Our mutual friend, o barco de Des e Penny) e até de episódio – A tale of two cities, da terceira temporada.
Dickens não? Que tal Stephen King? No dia em que o voo 815 caiu na ilha, o clube do livro na vila dos Outros estava justamente discutindo Carrie. Ben, aliás, adora o autor. The Dark Tower, dizem, estava na sua mesa de cabeceira quando ele se recuperava da cirurgia feita por Jack. Antes disso, quando ainda estava preso na estação Cisne, fingindo ser Henry Gale, pediu algum livro de King em vez do Os irmãos Karamazov que Locke ofereceu. E uma página do livro de Dostoievski acabou servindo de rascunho para Ben desenhar o mapa até o balão…
Até livro em português a gente viu na ilha (e lá fui eu comprar, mais um). Ardil 22, assim mesmo, traduzido, estava nas coisas de Naomi quando ela chegou à ilha de paraquedas. O episódio em questão se chamou Catch 22, inspirado no título original do livro.
C.S. Lewis, Flannery O’Connor, Philip K. Dick, Henry James, Julio Verne, a lista é enorme. Então já sabe. Para curar a ressaca do fim de Lost, que termina em maio, a gente se interna numa biblioteca. Afinal, vai-se a série, ficam os livros."
Pois bem, encontrei no site O Livreiro de O Globo um texto escrito pela jornalista Cláudia Croitor, editora do Ego e dona do site Legendado. Vale a pena conferir:
***
"Tá bom, eu confesso. Eu li O terceiro tira só porque o livro de Flann O’Brien apareceu numa cena de uns dois segundos (é, segundos!) em um episódio de Lost. E também lá fui eu providenciar um exemplar de O senhor das moscas só porque o Sawyer estava lendo – e, ok, porque é considerado um dos livros que inspirou a série, esse de um jeito bem mais óbvio.
De James Joyce a Lewis Carroll, de Gilgamesh a Stephen Hawkins, Lost é permeado de referências literárias e um prato cheio para os fãs que tentam descobrir pistas para os mistérios da série nas linhas e entrelinhas dos livros. Ou para quem simplesmente adora ler, como eu. Ou como o Sawyer.
Pelas mãos do personagem passaram boa parte dos livros citados na série, e alguns foram parar na minha estante só por influência do golpista bonitão – ele já apareceu lendo Agatha Christie, irmãos Grimm, John Steinbeck, Adolfo Bioy Casares (seu A invenção de Morel é outro que tem muito em comum com Lost, aliás)…
Sawyer leu até os manuscritos de um autor que morreu no desastre do voo 815 e teve seu livro, digamos, póstumo lançado no mundo real e indo parar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro é Bad Twin, escrito por Gary Troup (na verdade foi escrito por Laurence Shames, autor real, mas não importa).
Gary Troup eu não li, mas foi Lost quem me deu uma vontade enorme de ler Charles Dickens, autor preferido de Desmond, que emprestou um título seu para virar nome de barco (Our mutual friend, o barco de Des e Penny) e até de episódio – A tale of two cities, da terceira temporada.
Dickens não? Que tal Stephen King? No dia em que o voo 815 caiu na ilha, o clube do livro na vila dos Outros estava justamente discutindo Carrie. Ben, aliás, adora o autor. The Dark Tower, dizem, estava na sua mesa de cabeceira quando ele se recuperava da cirurgia feita por Jack. Antes disso, quando ainda estava preso na estação Cisne, fingindo ser Henry Gale, pediu algum livro de King em vez do Os irmãos Karamazov que Locke ofereceu. E uma página do livro de Dostoievski acabou servindo de rascunho para Ben desenhar o mapa até o balão…
Até livro em português a gente viu na ilha (e lá fui eu comprar, mais um). Ardil 22, assim mesmo, traduzido, estava nas coisas de Naomi quando ela chegou à ilha de paraquedas. O episódio em questão se chamou Catch 22, inspirado no título original do livro.
C.S. Lewis, Flannery O’Connor, Philip K. Dick, Henry James, Julio Verne, a lista é enorme. Então já sabe. Para curar a ressaca do fim de Lost, que termina em maio, a gente se interna numa biblioteca. Afinal, vai-se a série, ficam os livros."
Niver da mãe da Manu
Hoje minha priminha mais nova faz 30 anos. É uma data muito especial, afinal de contas ela passa seu primeiro aniversário com a filhotinha Manuela. Não são lindas as duas?
Delícia
Gente, experimentei os pães de forma da Panetto e amei! Há várias opções light, mas o australiano é uma delícia à parte. Vale a pena conferir! As embalagens são bem menores que as normais de pão de forma e custa cerca de R$ 3,99 no supermercado Zona Sul.
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
O presentão
O presentão dado pelo marido foi um carro, Ford Ka, prata. O meu novo xodó é já usadinho, mas está uma graça. Agora posso enfrentar o trânsito do Rio com mais ânimo. Ainda estou escolhendo o nome do meu filhote de quatro rodas. Aceito sugestões.
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Fim do McDonald´s em Downtown Disney
Foi no McDonald´s de Dowtown Disney que provei o sanduíche Angus Mushroom and Swiss (sanduíche de carne com cogumelos salteados e queijo suíco). O paladar era bem dirente dos demais que havia provado, mas valeu pela experiência (risos). Pois é, este McDonald´s não existe mais. Li em um site especializado em parques de diversão, que no lugar do fast food, será inaugurado um restaurante com comida latina e preços acessíveis, chamado Pollo Campero. Vamos aguardar...
Dia especial
Hoje vou ganhar um presentão. Mas presentão mesmo. E o marido é responsável por isso. Te amo!!!
Força de viver
Fiquei impressionada com a notícia hoje de que um haitiano foi resgatado com vida dos escombros, 27 dias após o terremoto que devastou o Haiti. Francamente, este tem vontade de viver, mesmo!
Minha primeira audiência
Uma mulher de duas faces. A partir de agora serei assim. Meu lado jornalista e o meu advogada vão conviver por um tempo. Hoje vou estrear minha segunda personalidade. Irei assistir a uma audiência. Vamos ver como será.
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
Tempo curto
O meu tempo está voando. É faculdade, trabalho, estudo para concurso e, ainda, terei que assistir a audiências no Fórum. Não sei como será isso. Só sei que ando muito cansada, mas também bastante motivada. E vamo que vamo!
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
O lema é
Estudar muito, trabalhar e estagiar. Estas são as metas para o primeiro semestre deste ano. E vamos à luta, companheiros!
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Alguém entendeu o Bial?
No discurso de saída da Tessália do BBB10, Pedro Bial disse que, muitas vezes, o público o surpreende. Será que ele esteja torcendo pela moça?
Depois, quando ela saiu, o apresentador falou algo como : "você achou que o programa era um lixo e se portou com esnobismo". Não entendi esta afirmação de ver o programa como lixo.
E pior, depois falou que o romance entre Tessália e Michel foi o mais tórrido e intenso de todas as edições. Alguém concorda? Sinceramente, eu não.
Depois, quando ela saiu, o apresentador falou algo como : "você achou que o programa era um lixo e se portou com esnobismo". Não entendi esta afirmação de ver o programa como lixo.
E pior, depois falou que o romance entre Tessália e Michel foi o mais tórrido e intenso de todas as edições. Alguém concorda? Sinceramente, eu não.
Quase encontro
Ontem avistei a Ana do Hoje vou assim off em um prédio onde fui fazer matéria. Fiquei sem graça de falar com ela, de dizer que a conhecia do blog e tal. Mas depois no Twitter acabamos nos falando e eu comentei do quase encontro. Ela foi super simpática e disse que, da próxima vez, devemos bater papo. Realmente, é incrível esta história de internet. A gente acaba conhecendo (pelo menos acha que conhece) alguém virtualmente, mesmo que não tenha esbarrado com ela nenhuma vez na vida. E quantas amizades têm surgido assim, não é?
Morta de pena
Ainda não tenho filhos, mas tive uma amostra do que é ficar a noite em claro consolando e cuidando de um filho doente. A Brenda entrou no cio na segunda-feira e ontem choramingou a noite toda. Não conseguia posição para dormir. Não tive coragem de tirá-la do ar-condicionado, afinal ela já sente muito calor e seu corpo estava ainda mais quente. Será que cachorro também sente cólicas?
Fiquei acariciando a barriga dela e tentando acalmá-la o tempo todo, até que foi vencida pelo cansaço e conseguiu dormir três horinhas. Coitada da minha pequena!
Fiquei acariciando a barriga dela e tentando acalmá-la o tempo todo, até que foi vencida pelo cansaço e conseguiu dormir três horinhas. Coitada da minha pequena!
terça-feira, fevereiro 02, 2010
Twitter para jornalistas
O Twitter é uma ferramenta útil e bacana. Para jornalista, é algo sensacional mesmo. Estava vendo agora que um programa de TV estava tentando encontrar personagem para uma matéria. Puxa vida, lembro do tempo em que ficávamos mandando e-mail para todos os conhecidos para encontrar alguém ideal para o tema que iria ser tratado no dia seguinte. Agora, a coisa é rápida. É só twittar e se alguém responder, você já entra em contato.
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Um novo link
Tenho adicionado vários links neste blog. Hoje descobri o Dia de beauté . É bem legal. Dá dicas de maquiagem para pessoas que, como eu, ainda não dominam a técnica.
Era só ficção
Da sala de trabalho comecei a ver helicópteros sobrevoando o morro Dona Marta. Primeiro achamos que a polícia estava procurando algum bandido escondido na mata. Seria uma pena, já que o Governo diz que a comunidade está pacificada. Lendo notícias, descobri que é apenas gravação do filme Tropa de Elite 2. Nos helicópteros da polícia estavam apenas atores armados. Ah, bom!
Crianças no cinema
Histórias com crianças carentes ou problemáticas sempre me comovem. A sensibilidade infantil é algo que mexe com a gente, porque muitas vezes elas sabem expressar o que nós, adultos, não conseguimos. E os filmes que apresentam os pequenos com todas as suas dúvidas, medos e afetividade são encantadores. Há pouco tempo vi "A menina no país das maravilhas", com a irmã mais nova de Dakota Fannning (Ellie) e ontem, vi outro lindo, chama-se "Ensinando a viver". Este último fala da relação de um menino adotado, Dennis, que esconde suas inseguranças e sentimentos atrás da fantasia de que é um marciano e de David (John Cusack), o pai viúvo, que também sentia-se diferente na infância e tornou-se um escritor de sucesso. A história termina com um pensamento que me marcou, mais ou menos assim: que as crianças estão há tão pouco tempo na Terra, que muitas vezes não sabem como funciona a vida humana. Não é a pura verdade? Muitas vezes queremos que crianças pensem como adultos, ajam assim também e tenham ótimos relacionamentos com as outras. Mas elas estão nesta vida há tão pouco tempo que precisam aprender como o funciona a sociedade, o que é aceito ou não e descobrir o seu lugar no mundo.
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